Dando continuidade aos materiais referentes ao dia da Bíblia, posto, a seguir, texto elaborado a partir de pesquisa na net sobre os PERGAMINHOS DO MAR MORTO. Com esse texto produzi um folder informativo e distribui no aniversário do Círculo de Oração Infantil, em 2008, pois o tema da festividade era sobre a Palavra de Deus.
OS PERGAMINHOS DO MAR MORTO
O MAR MORTO
Nenhuma
criatura - peixes, algas marinhas ou plantas - vive no Mar Morto. Ele é o lago
mais salgado do mundo. A região é uma das mais inóspitas do globo, com uma
atmosfera seca e quente, com temperaturas médias variando entre 30 e 40 graus
Celsius. O Mar
Morto é o ponto mais baixo da Terra, cerca de 400 metros abaixo do
nível do mar. Foram esses fatores especiais que preservaram os Pergaminhos até
os nossos dias.
A
DESCOBERTA
No início de 1947, dois jovens beduínos estavam
cuidando de seu rebanho de ovelhas e cabras nas encostas dos penhascos
alinhados ao Mar Morto, perto de Qumran. Um deles estava procurando um animal
desgarrado, viu uma caverna sobre a montanha e jogou uma pedra em sua abertura.
Naquele momento, escutou um jarro se quebrar e, curioso, entrou na caverna.
Ali, dentro de um jarro, estavam sete grandes rolos de couro contendo Livros da
Bíblia do Velho Testamento - as cópias mais antigas conhecidas - e outros manuscritos.
Os rolos estavam cuidadosamente
envolvidos em panos de linho. Aqueles rudes pastores do deserto jamais poderiam
imaginar que estavam contemplando algo que valia mais do que moedas de ouro ou
pedras preciosas! Eles estavam diante dos mais antigos documentos da Bíblia já
encontrados nos tempos modernos!
Há quase dois milênios aqueles documentos haviam sido
colocados ali, no interior daquela caverna. Entre aqueles velhos rolos
encontrava-se um pergaminho com oito metros de comprimento por 25 centímetros de
largura. Era o livro do profeta Isaías!
Esse rolo é semelhante àquele que deram a Jesus para
que Ele lesse na sinagoga de Nazaré, diante do povo: “Então Lhe deram o livro
do profeta Isaías...” (Lucas 4.17).
Ao se comparar o velho rolo de Isaías encontrado na
caverna de Qumran com o manuscrito mais antigo de que dispúnhamos (o texto
massorético, datado do ano 916 d.C.), constatou-se que eles eram idênticos,
palavra por palavra. Isto demonstrou com que zelo os copistas haviam
trabalhado, fazendo cópias das Escrituras a partir dos manuscritos originais
(que já não mais existem), ao longo de mais de mil anos! Tinham sido fiéis e
exatos em tudo o que Deus revelara à humanidade através dos profetas.
Se aqueles pastores soubessem ler o hebraico antigo
teriam testemunhado o cumprimento do versículo 8 do capítulo 40 daquele livro:
“Seca-se a erva, e caem as flores, mas a Palavra de Nosso Deus subsiste
eternamente.” (Isaías 40.8).
As
pesquisas arqueológicas identificaram centenas de fragmentos dos manuscritos em
11 cavernas da região e só terminaram em 1956. Foram achados textos em
aramaico, grego e hebraico. Também foram pesquisadas as ruínas de Qumran,
visando identificar as pessoas que depositaram os pergaminhos nas cavernas. As
escavações descobriram um complexo de estruturas de caráter comunal, sendo que
as cerâmicas encontradas eram idênticas às das cavernas, o que confirmava sua
ligação. Vários estudiosos elaboraram a tese de que o local era habitado por
membros de um dos grupos judaicos da época: os Essênios.
OS ESSÊNIOS: A COMUNIDADE DE QUMRAN
Os
Essênios formaram uma comunidade no deserto, com conceitos e crenças religiosas
específicas, que contrastavam com as dos outros grupos. Orações: Os
Essênios começavam o dia recitando hinos, músicas e bênçãos. Havia a obrigação
de orar antes e depois de todas as ações ordinárias diárias. Rituais de purificação:
A comunidade observava as mesmas leis de pureza dos outros grupos, mas de forma
mais severa. Seus membros se purificavam várias vezes ao dia, através da
imersão em água. Refeições comunais: Eram realizadas duas vezes ao dia
por seus membros purificados e possuíam todas as características de um rito
sagrado. Propriedade comum: Novos membros, ao
serem admitidos pela comunidade, tinham seus bens confiscados e entregues à
propriedade comum
A
maior parte dos documentos de Qumran foi escrita em pergaminhos de couro
grosso, presumivelmente de animais pequenos como cabras e ovelhas.
Pergaminhos
Bíblicos: Os Pergaminhos do Mar Morto
são a cópia mais antiga da Bíblia do Velho Testamento. Todos os livros bíblicos
estão representados, exceto o Livro de Ester.
Os manuscritos descobertos nas cavernas de Qumran só
resistiram ao tempo por terem sido guardados dentro de cântaro de barro e em
uma região de clima seco. À semelhança de soldados no posto de vigilância,
aqueles potes, aqueles altos cântaros, permaneceram ali, guardando as mais
antigas cópias da Palavra de Deus!
Os mais famosos desses copistas eram conhecidos como
massoretas, termo hebraico que significa “Aqueles que selam pela tradição”.
Textos
Apócrifos: Esses textos, não incluídos
nas escrituras canônicas judaicas, foram preservados por diferentes igrejas
cristãs e foram traduzidos para diversas línguas. Alguns deles são narrativas
relacionadas às composições bíblicas e outros são obras independentes.
Escrituras
Sectárias: O grupo de escrituras mais
original são as sectárias, que eram praticamente desconhecidas até seu
descobrimento. Esta literatura revela as crenças e os costumes de uma
comunidade religiosa, incluindo regras e ordenações, comentários bíblicos, visões
apocalípticas e obras litúrgicas.
CONSERVAÇÃO
A
retirada dos Pergaminhos das cavernas, onde foram preservados por mais de 2000
anos, pôs um fim à estabilidade ambiental que garantiu sua sobrevivência. Uma
equipe de cientistas considerou as condições climáticas das cavernas (umidade
relativa e temperatura) e sugeriu que os pergaminhos deveriam ser armazenados
em um ambiente de clima controlado à temperatura de 20º C e umidade relativa de
50%.
PUBLICAÇÃO
Mais
de 900 textos foram encontrados em Qumran e a vasta maioria dos fragmentos está
guardada no IAA - Israel Antiquities Authority (Instituto de Antiguidades de
Israel), em Jerusalém. A maior parte dos Pergaminhos levou 54 anos para ser publicada, de 1947 a 2001. A edição oficial dos textos foi publicada na série Discoveries in the Judean Desert (DJD)),
pela Universidade de Oxford, em 39 volumes.
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