“Se é ensinar haja dedicação ao ensino.” Romanos 12.7b

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

SAIBA +: Os pergaminhos do Mar Morto

A P@z do Senhor!
Dando continuidade aos materiais referentes ao dia da Bíblia, posto, a seguir, texto elaborado a partir de pesquisa na net sobre os PERGAMINHOS DO MAR MORTO. Com esse texto produzi um folder informativo e distribui no aniversário do Círculo de Oração Infantil, em 2008, pois o tema da festividade era sobre a Palavra de Deus.

OS PERGAMINHOS DO MAR MORTO
O MAR MORTO
Nenhuma criatura - peixes, algas marinhas ou plantas - vive no Mar Morto. Ele é o lago mais salgado do mundo. A região é uma das mais inóspitas do globo, com uma atmosfera seca e quente, com temperaturas médias variando entre 30 e 40 graus Celsius. O Mar Morto é o ponto mais baixo da Terra, cerca de 400 metros abaixo do nível do mar. Foram esses fatores especiais que preservaram os Pergaminhos até os nossos dias.

A DESCOBERTA
No início de 1947, dois jovens beduínos estavam cuidando de seu rebanho de ovelhas e cabras nas encostas dos penhascos alinhados ao Mar Morto, perto de Qumran. Um deles estava procurando um animal desgarrado, viu uma caverna sobre a montanha e jogou uma pedra em sua abertura. Naquele momento, escutou um jarro se quebrar e, curioso, entrou na caverna. Ali, dentro de um jarro, estavam sete grandes rolos de couro contendo Livros da Bíblia do Velho Testamento - as cópias mais antigas conhecidas - e outros manuscritos. Os rolos estavam cuidadosamente envolvidos em panos de linho. Aqueles rudes pastores do deserto jamais poderiam imaginar que estavam contemplando algo que valia mais do que moedas de ouro ou pedras preciosas! Eles estavam diante dos mais antigos documentos da Bíblia já encontrados nos tempos modernos!
Há quase dois milênios aqueles documentos haviam sido colocados ali, no interior daquela caverna. Entre aqueles velhos rolos encontrava-se um pergaminho com oito metros de comprimento por 25 centímetros de largura. Era o livro do profeta Isaías!
Esse rolo é semelhante àquele que deram a Jesus para que Ele lesse na sinagoga de Nazaré, diante do povo: “Então Lhe deram o livro do profeta Isaías...” (Lucas 4.17).
Ao se comparar o velho rolo de Isaías encontrado na caverna de Qumran com o manuscrito mais antigo de que dispúnhamos (o texto massorético, datado do ano 916 d.C.), constatou-se que eles eram idênticos, palavra por palavra. Isto demonstrou com que zelo os copistas haviam trabalhado, fazendo cópias das Escrituras a partir dos manuscritos originais (que já não mais existem), ao longo de mais de mil anos! Tinham sido fiéis e exatos em tudo o que Deus revelara à humanidade através dos profetas.
Se aqueles pastores soubessem ler o hebraico antigo teriam testemunhado o cumprimento do versículo 8 do capítulo 40 daquele livro: “Seca-se a erva, e caem as flores, mas a Palavra de Nosso Deus subsiste eternamente.” (Isaías 40.8).

As pesquisas arqueológicas identificaram centenas de fragmentos dos manuscritos em 11 cavernas da região e só terminaram em 1956. Foram achados textos em aramaico, grego e hebraico. Também foram pesquisadas as ruínas de Qumran, visando identificar as pessoas que depositaram os pergaminhos nas cavernas. As escavações descobriram um complexo de estruturas de caráter comunal, sendo que as cerâmicas encontradas eram idênticas às das cavernas, o que confirmava sua ligação. Vários estudiosos elaboraram a tese de que o local era habitado por membros de um dos grupos judaicos da época: os Essênios.

OS ESSÊNIOS: A COMUNIDADE DE QUMRAN
Os Essênios formaram uma comunidade no deserto, com conceitos e crenças religiosas específicas, que contrastavam com as dos outros grupos. Orações: Os Essênios começavam o dia recitando hinos, músicas e bênçãos. Havia a obrigação de orar antes e depois de todas as ações ordinárias diárias. Rituais de purificação: A comunidade observava as mesmas leis de pureza dos outros grupos, mas de forma mais severa. Seus membros se purificavam várias vezes ao dia, através da imersão em água. Refeições comunais: Eram realizadas duas vezes ao dia por seus membros purificados e possuíam todas as características de um rito sagrado. Propriedade comum: Novos membros, ao serem admitidos pela comunidade, tinham seus bens confiscados e entregues à propriedade comum

OS PERGAMINHOS
A maior parte dos documentos de Qumran foi escrita em pergaminhos de couro grosso, presumivelmente de animais pequenos como cabras e ovelhas.

Pergaminhos Bíblicos: Os Pergaminhos do Mar Morto são a cópia mais antiga da Bíblia do Velho Testamento. Todos os livros bíblicos estão representados, exceto o Livro de Ester.

Os manuscritos descobertos nas cavernas de Qumran só resistiram ao tempo por terem sido guardados dentro de cântaro de barro e em uma região de clima seco. À semelhança de soldados no posto de vigilância, aqueles potes, aqueles altos cântaros, permaneceram ali, guardando as mais antigas cópias da Palavra de Deus!
Os mais famosos desses copistas eram conhecidos como massoretas, termo hebraico que significa “Aqueles que selam pela tradição”.

Textos Apócrifos: Esses textos, não incluídos nas escrituras canônicas judaicas, foram preservados por diferentes igrejas cristãs e foram traduzidos para diversas línguas. Alguns deles são narrativas relacionadas às composições bíblicas e outros são obras independentes.

Escrituras Sectárias: O grupo de escrituras mais original são as sectárias, que eram praticamente desconhecidas até seu descobrimento. Esta literatura revela as crenças e os costumes de uma comunidade religiosa, incluindo regras e ordenações, comentários bíblicos, visões apocalípticas e obras litúrgicas.

CONSERVAÇÃO
A retirada dos Pergaminhos das cavernas, onde foram preservados por mais de 2000 anos, pôs um fim à estabilidade ambiental que garantiu sua sobrevivência. Uma equipe de cientistas considerou as condições climáticas das cavernas (umidade relativa e temperatura) e sugeriu que os pergaminhos deveriam ser armazenados em um ambiente de clima controlado à temperatura de 20º C e umidade relativa de 50%.

PUBLICAÇÃO
Mais de 900 textos foram encontrados em Qumran e a vasta maioria dos fragmentos está guardada no IAA - Israel Antiquities Authority (Instituto de Antiguidades de Israel), em Jerusalém. A maior parte dos Pergaminhos levou 54 anos para ser publicada, de 1947 a 2001. A edição oficial dos textos foi publicada na série Discoveries in the Judean Desert (DJD)), pela Universidade de Oxford, em 39 volumes.



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